domingo, 18 de novembro de 2012


Olhos Coloridos

Sandra de Sá

Os meus olhos coloridos
Me fazem refletir
Eu estou sempre na minha
E não posso mais fugir...
Meu cabelo enrolado
Todos querem imitar
Eles estão baratinado
Também querem enrolar...
Você ri da minha roupa
Você ri do meu cabelo
Você ri da minha pele
Você ri do meu sorriso...
A verdade é que você
(Todo brasileiro tem!)
Tem sangue crioulo
Tem cabelo duro
Sarará, sarará
Sarará, sarará
Sarará crioulo...
Sarará crioulo
Sarará crioulo...(2x)
Os meus olhos coloridos
Me fazem refletir
Que eu tô sempre na minha
Não! Não!
Não posso mais fugir
Não posso mais!
Não posso mais!
Não posso mais!
Não posso mais!
Meu cabelo enrolado
Todos querem imitar
Eles estão baratinados
Também querem enrolar...
Cê ri! Cê ri! Cê ri!
Cê ri! Cê ri!
Cê ri da minha roupa
Cê ri do meu cabelo
Cê ri da minha pele
Cê ri do meu sorriso...
Mas verdade é que você
(Todo brasileiro tem!)
Tem sangue crioulo
Tem cabelo duro
Sarará, sarará
Sarará, sarará
Sarará crioulo...
Sarará crioulo
Sarará crioulo...(3x)

SAUDAÇÃO Á PALMARES



                              Nos altos cerros erguido
     Ninho d'águias atrevido,
     Salve! — País do bandido!
     Salve! — Pátria do jaguar!
     Verde serra onde os palmares
     — Como indianos cocares —
     No azul dos colúmbios ares
     Desfraldam-se em mole arfar! ...


     Salve!  Região dos valentes
     Onde os ecos estridentes
     Mandam aos plainos trementes
     Os gritos do caçador!
     E ao longe os latidos soam...
     E as trompas da caça atroam...
     E os corvos negros revoam
     Sobre o campo abrasador! ...


     Palmares! a ti meu grito!
     A ti, barca de granito,
     Que no soçobro infinito
     Abriste a vela ao trovão.
     E provocaste a rajada,
     Solta a flâmula agitada
     Aos uivos da marujada
     Nas ondas da escravidão!


     De bravos soberbo estádio,
     Das liberdades paládio,
     Pegaste o punho do gládio,
     E olhaste rindo pra o val:
     "Descei de cada horizonte...
     Senhores!  Eis-me de fronte!"
     E riste... O riso de um monte!
     E a ironia... de um chacal!...


     Cantem Eunucos devassos
     Dos reis os marmóreos paços;
     E beijem os férreos laços,
     Que não ousam sacudir ...
     Eu canto a beleza tua,
     Caçadora seminua!...
     Em cuja perna flutua
     Ruiva a pele de um tapir.


     Crioula! o teu seio escuro
     Nunca deste ao beijo impuro!
     Luzidio, firme, duro,
     Guardaste pra um nobre amor.
     Negra Diana selvagem,
     Que escutas sob a ramagem
     As vozes — que traz a aragem
     Do teu rijo caçador! ...


     Salve, Amazona guerreira!
     Que nas rochas da clareira,
     — Aos urros da cachoeira —
     Sabes bater e lutar...
     Salve! — nos cerros erguido —
     Ninho, onde em sono atrevido,
     Dorme o condor... e o bandido!...
     A liberdade... e o jaguar!   CASTRO ALVES

Brasil,um país de africanidade.

                            Alõ,caros alunos ,dia 20/11/12 tem apresentação do nosso projeto participem.